O meu caderno de desabafos. O meu diário. O meu espaço de catarse; de psicanálise. O meu livro de reclamações. A minha janela para o mundo. Eu. O meu blog. As minhas excitações. As minhas frustrações. As minhas paixões. A vida. A minha, de quem me rodeia, a que eu vejo e sinto. Dentro da lâmpada. Dentro do Mundo.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Quando o que parece nem sempre é...

De facto, juízos precipitados podem ser contraproducentes e, sobretudo, muito perigosos.
Vale a pena seguir o link com o esclarecimento da Direcção Nacional da ASJP sobre a decisão do Tribunal Judicial de Torres Novas, a propósito do caso da «pequena Esmeralda». Esse e os indicados com notícias do Correio da Manhã.
Tudo isto surge envolto de uma forma muito romântica a começar pelo «pequena Esmeralda», pelos «pais» adoptantes que surgem como salvadores de uma criança fruto de uma relação ocasional de uma cidadã brasileira e um homem aparentemente de menores recursos e cultura, por um homem disposto a por em causa a sua liberdade em defesa dos direitos daquela que considera como filha.
Acreditamos no que queremos acreditar porque nos reconforta e defendemos o que e quem nos faz esquecer os nossos próprios medos e frustrações. Hoje isto, amanhã aquilo.
É! Sabe bem. E efectivamente reconforta de algum modo. Mas, repito, pode ser perigoso. Muito.

Há Coisas Fantásticas, não há?

Fecham Centros de Saúde, fecham Hospitais um pouco por todo este País.
Outros deixam de ter determinadas valências, como consultas de planeamento familiar, consultas nocturnas, de pediatria, serviços do INEM, etc, etc...
Muitos bebés já vêm de Espanha (sinal dos tempos! andaram uma data de anos a dizer que era de Paris e afinal... as voltas que padeira deve dar em Aljubarrota!), os habitantes do interior têm que andar dezenas de quilómetros (alguém disposto a falar sobre a desertificação do interior?) para uma consulta médica, a acordar de madrugada quando não a ficar do dia anterior para o mesmo, cidadãos a morrer pelo caminho porque não houve pronta resposta do INEM...
Já para não falar da falta de assistência social a idosos, a ausência de meios para uma resposta atempada a situações de maus tratos infantis, às pessoas que morrem — SIM! MORREM!... — à espera de uma operação ou têm lesões agravadas porque não havia pessoal médico, não havia camas, não havia bloco operatório, a lista pode ser interminável...
E o que dizem as autoridades competentes a tudo isto? Que os serviços públicos devem assegurar a prática do aborto a quem recorra ao SNS ou a custear, caso isso não aconteça, a ida ao privado. Inclusive já ouvi da parte de quem deveria ter a responsabilidade para não produzir tais barbaridades, que se deveria punir disciplinarmente o pessoal médico que recusasse a prática por objecção de consciência.
Devem estar a brincar! Só pode, porque a alternativa é realmente acreditarem mesmo que somos todos parvos.

A Verdade sobre um referendo que não existe!

A cada dia que passa e nos aproximamos da data do referendo ao aborto, mais este tende a tornar-se num referendo à acção do Governo.
O próprio Sócrates faz por isso com uma série de iniciativas desastradas e alguns membros do governo e do PS ajudam à festa. Um dos mais profícuos nessa matéria é o actual Ministro da Saúde.
O que o Primeiro procura é assumir as responsabilidades caso o «Não» vença e com mais ou menos, melhor ou mais rebuscada desculpa, legitimar alterações no elenco governativo e eventualmente efectuar uma limpeza no Partido.
Mas se o «Sim» for maioritário também lhe serve para o mesmo.
O aborto é questão secundária. Senão vejamos: com ou sem alteração da lei, já há Clinicas espanholas prontas a entrar em funcionamento muito em breve. A seguir vêm as privadas portuguesas e não é preciso muito para adivinhar quem as financiará ou fará parte dos respectivos Conselhos de Administração. Se calhar até encontraremos alguns dos políticos que hoje andam no limbo e fogem à questão! Por algum motivo o PSD tem a posição que têm...

♪ Tu és o meu herói! ♪



Andamos mesmo carentes de heróis!
O caso da menina com dois pais, é bem demonstrativo disso.
Bolas! Há, de facto, um drama latente a desenrolar-se. Há que, de facto, saber acautelar os superiores interesses da criança. E algo me diz que há, também, qualquer coisa que ainda não foi contada, que existem dados apresentados de forma a induzir reacções...
Pode ser pressentimento, ou simplesmente reflexo do que abaixo disse a propósito da forma como ultimamente se produz informação em Portugal.
Ontem, numa volta pelas televisões, salvo raras excepções, o que abordavam as reportagens? Não o facto em si, as imagens eram sobre a forma absolutamente histérica e patética como alguns populares reagiam á saída dos intervenientes do Tribunal.
De tal forma que se entre eles estivesse o Castelo Branco ninguém teria reparado!
Há gente que realmente tudo faz para poder dispor dos seus dez segundos de fama... de palhaço!
Ou isso ou realmente qualquer facto serve para disfarçar a cobardia que geralmente sentimos e que nos impede de tomar atitudes que defendemos como certas ou as mais correctas. Quando aparece alguém que o faça, independentemente de dispormos ou não do conhecimento de todos os dados, a identificação é imediata.
Para o melhor ou para o pior, adolamos e odiamos. Hoje adola-se; amanhã propõe-se um julgamento popular, se calhar até se consegue um apedrejamento.
Dá sempre excelentes imagens.
Mas juro, a imagem que me veio à cabeça ao ver aquilo, foi a de viúvas carpideiras!
Há coisas que nunca mudam!

Assim se faz informação em Portugal!

A notícia ainda está online mas já foi desmentida pela própria SIC: uma jovem portuguesa criada numa instituição de apoio a crianças desfavorecidas, teria ganho uma bolsa de estudo em Oxford.
Com «ar grave e sério» o pivot lá admitiu a falsidade dos factos e como a estação tinha sido enganada pela miuda que, diga-se, merece nota positiva na elaboração do logro.
Que só aconteceu, saliente-se, pelo actual estado dos órgãos de informação em Portugal. Ou não há tempo para o fazer ou não se sabem confirmar notícias, fazer cruzamento de factos para apurar a verdade. O que neste caso teria sido infinitamente fácil.
O pior é que na maior parte das vezes nem se tem capacidade para compreender aquilo que se escreve!
Dou um exemplo a que ainda não há muito assisti: tentava-se obter declarações de várias personalidades a propósito de um artigo de lei; melhor dizendo, procurava-se polémica, ou seja alguém disposto a falar mal ou a contestá-lo. Dos vários que eram escutados, ninguém parecia disposto a fazê-lo.
— Mas afinal o que diz a lei? — perguntava um elemento a outro
— Não sei bem. Aquilo é muito complexo e não consigo entender...
Ok. Palavras para quê?

terça-feira, janeiro 30, 2007

Pelos Caminhos de Portugal

Num domingo que até nem prometia muito em termos de tempo — afinal estamos no Inverno! — sem querer «tropecei» num local que não conhecia mas recomendo visita sobretudo a quem, como eu, gosta de passear e fotografar.
O local situa-se bem pertinho de Torres Vedras, designa-se «Termas dos Cucos» e quem estiver interessado em saber mais, siga o link na designação.
Tem o seu quê de Tropical e traz à memória algumas imagens que nos chegaram de certos edifícios coloniais. Outros, pelo contrário, parecem saídos de um conto fantástico.
É pena o abandono a que o local tem estado votado. O espaço até se mantém mais ou menos limpo, mas os edificios começam a acusar o peso da falta de manutenção.









Haja alguém que lhes devolva a dignidade!

Entre as notícias do dia que não interessam para nada, conta-se que o relacionamento entre José Sócrates e Fernanda Câncio abortou.
A Fernanda é uma jornalista bastante activa na defesa das minorias, tendo inclusive chegado a receber o prémio «Arco Iris» atribuído pela ILGA, a Associação de Gays e Lésbicas.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Fascistas!... Só faltava mais esta!

A malta do BE diz-se de uma esquerda moderada e moderna. Já se tinha visto há uns tempos o que realmente são, basta lembrar o episódio do debate entre o Louça e o Portas! Enfim, é bonito porque parece que assim sempre se arrebanham uns votos, dizer-se que se está do lado das minorias sexuais, que se é a favor do aborto, etc, etc... mas pelas costas imagina-se o gozo que deve dar às figurinhas comentar como conseguiram enganar mais alguns.
E tão «modernos» eles são que agora desenterraram mais uma: não é que em comunicado apelidaram de «fascistas» defensores do «NÃO» no referendo?!
Já cá faltava o célebre grito...
Nem sei bem o que dizer, sinceramente: se «modernizem-se», se «organizem-se»...

Divulgar Portugal

Por falar em divulgar o nome de Portugal, a SIC apresentou um brilhante trabalho sobre a obra dos «Leigos para o Desenvolvimento» em Moçambique.
Há que render homenagem ao seu trabalho. Tenho o mais profundo respeito pelo que aqueles homens e mulheres lá fazem, sobretudo depois dos tristes acontecimentos de há meses que resultaram na morte de dois companheiros.
Fazem mais pelo bom nome de Portugal do que todas as embaixadas culturais que se inventem e a utilidade do seu trabalho é infinitamente superior.
Admiro-lhes sobretudo a fé e digo-o enquanto agnóstico que gostaria de também a sentir. Merecem todas as medalhas e honrarias com que geralmente são agraciados a meia dúzia de petulantes do 10 de Junho. Mas acredito que o que realmente gostariam de ter é de mais meios para poderem levar a sua obra avante.
Claro que por cá, infelizmente, também há miséria e necessitados. A principal diferença, e falo enquanto alguém que viveu por dentro o drama descrito naquela reportagem, pode ser explicada da forma mais simples e aparentemente absurda: no Ocidente um carenciado recorre ao caixote do lixo e geralmente encontra sempre qualquer coisa; no dito terceiro-mundo isso não acontece...

Viagra para a Terceira Idade

Anda por aí um concurso na RTP para a eleição dos «Maiores Portugueses da História» ou coisa que o valha.
A fórmula não difere muito do modelo internacional que correu, ou está a decorrer, em diversas televisões um pouco por todo o Mundo.
Nem é inédito em Portugal, a Revista Visão também teve uma iniciativa semelhante não há muitos anos. Na altura, o eleito foi António Salazar.
Pois bem! Foram eleitos os dez mais. O programa, sobretudo nesta fase, até poderia ter uma utilidade, ao traçar a biografia de cada um dos escolhidos, ao promover o debate, ao ir às escolas divulgar...
Mas não! A grande questão, que até parece mais capaz de mobilizar do que o próximo referendo (o que também não é de admirar!...), é se Salazar ganha ou não! É ver a terceira idade toda mobilizada a criar teorias da conspiração; afadigados em votar para um número de valor acrescentado, esquecidos das reclamadas parcas reformas que auferem; excitados com a possibilidade da vitória como quem chega ao frémito da puberdade...
Mas seria injusto não dizer que há uma outra banda — a da esquerda... — que também se movimenta em favor de Cunhal.
Qual Viagra qual quê! O que está a dar é isto! Aliás: o que não mudará em Portugal caso um deles seja o vitorioso. Um caso geriátrico, enfim...
Já agora que ninguém me perguntou, vou pelo Aristides: hesitou mas tomou a medida que o seu coração clamava; ao nome de Portugal, incontestavelmente só deu a melhor imagem; teve a coragem, que hoje a muitos falta de, com o seu gesto, pôr a carreira e o seu nome em risco ao afrontar as ordens do governo. E ao contrário de todos os outros, que se saiba, é o único que lá está por ter salvo vidas!

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Artistas de circo...


Há «um-não-sei-bem-o-quê» de palhaço no Pavão...
Nas cores e na atitude do animal...
Pensando bem, também me faz lembrar certos desfiles gay!

terça-feira, janeiro 23, 2007

Às vezes apetece ser anarquista!

Como é natural sigo com atenção o caso da pequena Esmeralda. Por um lado sensibilizado pelo eventual drama de uma criança na eventualidade de esta vir a ser entregue ao pai biológico, por outro incrédulo com o que se está a passar, observando atentamente o digladiar de argumentos entre os que defendem o cumprimento cego da leis e os que se movimentam e batem para que elas sejam contornadas e mesmo postas em causa.
Ainda bem! Esse é realmente um debate que deve acontecer, ainda bem que acontece e só espero que, depois, alguma coisa efectivamente... aconteça! Porque, como é habitual, temo que realmente nada mude. Receio que todo este escarcéu se restrinja ao caso em concreto, ainda que, se assim for e resolvendo-se a contento dos interesses da criança, menos mal...

quarta-feira, janeiro 17, 2007

A Figurinha do CHEFE!


A figurinha do Chefe, aquela que tão brilhantemente surge retratada na série «Office», é o ser que insiste em ser simpático e dizer piadas para ver quem se ri mais com os disparates; quem o fizer é o mais competente.

O Chefe não chega tarde e por isso gosta de controlar o horário dos subordinados. Se por acaso não está presente para o fazer, o que geralmente acontece, foi porque no dia anterior teve que sair muito tarde e em todos os outros está em trabalho no exterior.

O Chefe gosta de promover. Geralmente um acólito que sonha um dia vir a sentar-se no lugar dele e que, por isso, gosta muito de o informar sobre tudo o que se passa ou ele imagina. Claro que como tem a estúpida ambição de deixar de vir a ser gozado pelos outros colegas, um dia arranjará maneira de tramar o chefe para também poder ter um acólito às suas ordens.

O Chefe geralmente reconhece-se por ter as desculpas mais esfarrapadas para estar onde não deveria; nomeadamente atrás das portas a escutar...
... ou para interromper uma conversa entre dois funcionários, temendo que estejam a falar dele ou, pior ainda, que possam estar a falar de trabalho.

O Chefe é por natureza muito Macho, fazendo questão em agir como um galo ao se afirmar sobre as subordinadas; mas como tem sempre muito que fazer prefere partir à conquista das que lhe deem menos trabalho, desde que depois lhe possam proporcionar umas histórias para se afirmar junto dos companheiros de copos...

O Chefe é sempre muito simpático com as visitas; mesmo que não sejam para ele, afinal tem que mostrar quem é que ali supostamente manda.

O Chefe gosta muito de encontros fora do local de trabalho, de utilizar expressões como «a minha segunda família», de promover jantares para poder ter motivos para distribuir beijinhos e palmadinhas nas costas sem que ninguém se consiga furtar e, por fim, agradecer com a voz embargada e lágrimas nos olhos, a presença de cada um. O que pelos menos só abona a seu favor, pois reconhece o sacrifício...

Mas nessa altura ainda não sabe nada sobre a troca de bilhetinhos que aconteceu enquanto fazia o discurso da praxe. É sempre uma seca porque os bilhetinhos dizem sempre o mesmo, já que o discurso também nunca varia.

Habitualmente o Chefe que faz tanta questão nesses encontros, ou vive profundamente solitário, ou tem que ter uma desculpa para se furtar de casa; é que lá ninguém é obrigado a aturá-lo, já não têm paciência para o fazer, o que o faz sentir-se um verdadeiro injustiçado por não lhe reconhecerem a «autoridade».

Com mais ou menos variações, um dia ele descobriu que reconhecer e lamentar-se disso, também servia como frase de engate...

O Chefe faz sempre questão em ser compreensivo com os problemas pessoais de cada um dos subordinados; afinal é também uma oportunidade de poder falar dos seus e ninguém ter coragem para recusar-se a ouvi-los...

Se o Chefe passa muito tempo ao telefone ou na internet em programas de conversação, está obviamente a informar-se ou a controlar «o bom andamento do trabalho».

Quando está fora, o Chefe gosta muito de telefonar. Sobretudo quando está em lugares públicos e carece de atenções, quando está com alguém que pretende impressionar, ou quando está com um superior e almeja demonstrar que controla tudo. Aliás, o Chefe é uma pessoa que sente tanta falta dos seus subordinados, que geralmente ainda nem saiu das instalações e já está a telefonar aos desgraçados que lá ficaram a pensar que finalmente poderiam trabalhar sem serem interrompidos...

O Chefe é aquele que julga que a Autoridade se impõe. Ainda não percebeu que ela se conquista naturalmente quando se demonstra que se é mais inteligente e se tem mais capacidades, e que, por isso, se revela merecedor do lugar que se ocupa.

Oração do dia!

É daquelas coisas que não resisto a colocar aqui:

«Senhor! Daí-me paciência e sabedoria para entender e aturar alguns colegas, pois se me dás Forças rebento-lhes as fúcias à estalada...»

terça-feira, janeiro 16, 2007

A DECISÃO SERÁ SEMPRE DA MULHER OU DO QUE LHE É IMPOSTO?



Quando uma mulher grávida é obrigada a abortar, para não perder o emprego, o errado não é a ausência de leis que a defendam nessas circunstâncias ou até, como já acontece em muitos outros países «civilizados» (porque a civilização não é apenas criar leis permissivas) que incentivem e estimulem a maternidade?
Se uma adolescente engravida, o que falhará não é o descurar das causas que geralmente radicam numa educação sexual deficiente, na falta de informação e de acompanhamento, sobretudo dos próprios pais?
De que adianta ter leis que pretendem resolver o problema a jusante, quando se o descura a montante? Não é por ter uma lei que permite o aborto, que a Inglaterra (se não estou em erro até bastante tarde!), por exemplo, deixou de ter uma elevada taxa de gravidez na adolescência!
É muito bonito afirmar-se, como já ouvi, que existirá um acompanhamento psicológico das mulheres que pretendam abortar, no caso do referendo sair vitorioso. É reconfortante, de facto... mas quando se olha para o actual estado da saúde em Portugal, que meios e verbas terão os centros públicos para garantirem isso, quando tantos outros pacientes com diferentes necessidades esperam meses por uma consulta da mesma especialidade? Conhecendo a situação do emprego em Portugal, quantas mulheres afirmariam, em consulta de avaliação, que não, não querem abortar mas não têm outra alternativa senão... vão engrossar as listas do desemprego? Quando se imagina o que seria muitas terem que se deslocar quilómetros e quilómetros porque não têm um centro de saúde ou um hospital próximo (e não nos escandalizemos com isso: as que têm que dar à luz também o fazem, não é?), quando se imagina o drama de muitos casais inférteis que esperam anos por uma consulta pública ou se empenham para recorrer ao privado, quando não se consegue esquecer o drama de crianças órfãs, «condenadas» a crescerem nos centros porque quem deveria evitar que isso acontecesse não demonstrou o mesmo empenho...
Sinceramente! Acham que a maioria dos portugueses é parvo?

PERGUNTEM ÀS CRIANÇAS O QUE PENSAM ÀCERCA DOS ADULTOS QUEREREM DECIDIR QUANDO TÊM DIREITO A NASCER...


Sinceramente acho que estou a ficar um pouco cansado de toda esta discussão e temo que grande parte das pessoas também.
Depois admirem-se se a abstenção for elevada...
Na realidade, penso que todos sabemos quando é feto, quando é embrião, quando já é vida ou como quiserem definir, e temos a certeza disso ao o afirmar, quando se trata do NOSSO filho QUE É DESEJADO, programado ou não. Quando não, todas as desculpas e argumentos servem para a defendermos opiniões, válidas ou não, inteligentes e concretas ou nem por isso...
A verdade é que, com cartaz ou não, com imagem ou não, os argumentos acabam por circular à volta do mesmo, a discutir em que ponto se pode considerar vida, etc, etc...
O que eu gostaria muito de saber é se, perante um cartaz com a fotografia de uma criança ou até mesmo perante a mesma, ser vivo, real, concreto, quantos teriam a coragem de afirmar que ela não teve o direito de nascer ou tem de existir! Mesmo tratando-se de uma que não tenha as melhores condições sociais ou económicas para crescer, porque o errado é não lhe serem criadas condições para que isso aconteça, do mesmo modo que uma outra, vítima de maus-tratos, sofre somente da incúria de quem descurou as condições para evitar que isso pudesse ter ocorrido!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Tão simples quando isto!

«Saber mais do que aquilo que se percebe é uma das grandes armadilhas modernas. Acontece-nos sem darmos por isso e, pior, acontece desde muito cedo. Hoje em dia as crianças e os adolescentes também já sabem muito mais do que percebem e é justamente por verem e ouvirem falar de tanta coisa que têm a ilusão de que sabem tudo. Na verdade uns sabem demais enquanto outros percebem de menos», Laurinda Alves na Xis de 23 de Dezembro.

Vá até lá... Não custa nada e está a ajudar!

http://www.arcidadania.org/

sexta-feira, janeiro 05, 2007

O Aborto que pague a Crise!

... «para os defensores do SIM, o facto de criar uma criança sair mais caro que abortar é razão suficiente para liberalizar o aborto.»...
Passou nas televisões, apareceu nos jornais, ouviu-se nas rádios.
Quem o proferiu estava ao lado da comunista Odete Santos, na apresentação de mais um movimento qualquer do género «O Aborto é quem mais ordena».
Perdoa-se e até se entende!

Mais arrepiante não há!

Ontem ouvi coisas arrepiantes na boca de um apoiante do Sim à liberalização. Mais ou menos isto:
«Se os custos com uma criança com problemas sociais podem sair mais caros ao Estado, mais uma razão para liberalizar o aborto»
É realmente dificil rebater o argumento pela idiotice do conteúdo; quantificar uma responsabilidade social, a mais das vezes incompetente em todas as partes - progenitores e Estado que deveria assegurar o bem estar da criança numa nova família se for caso disso - e estabelecer uma comparação com os custos médicos de um aborto é... enfim, é de realmente ficar sem argumentos com a estupidez que a ideia encerra em si.
Não tarda estarão a dizer que os casos de violência infantil que ultimamente se têm verificado são culpa da lei que impede o aborto livre! A idiotice é a mesma; primeiro, parte-se do princípio que os envolvidos teriam optado pelo aborto no caso dele ser permitido (e que o fariam nas 10 semanas propostas no referendo....); depois, meus senhores, a verdade é que a responsabilidade é não apenas dos dementes que exercem tais actos de violência, como dos intervenientes sociais que alertados para os factos, foram acumulando desculpas para não agir em devido tempo!
Tais crianças não tiveram culpa em nascer e, sobretudo não tiveram a oportunidade de escolher os pais e os familiares!
É de facto curioso: há tempos li que a única circunstância em que o ser humano não exerce o instinto de sobrevivência que lhe é inacto desde o útero materno, é quando faz mal a si próprio! Pensar que é exactamente o mesmo ser humano a exercer actos de agressão, a mais das vezes letais, sobre seres que gerou, faz com que deixemos de acreditar no que quer que seja...