O meu caderno de desabafos. O meu diário. O meu espaço de catarse; de psicanálise. O meu livro de reclamações. A minha janela para o mundo. Eu. O meu blog. As minhas excitações. As minhas frustrações. As minhas paixões. A vida. A minha, de quem me rodeia, a que eu vejo e sinto. Dentro da lâmpada. Dentro do Mundo.

quarta-feira, julho 25, 2007

Política pró-natalidade



Barcelona está pelo segundo dia às escuras. Como é habitual nestes casos, daqui a nove meses as maternidades estão cheias...

Em Portugal, há uns anos aconteceu o mesmo. As causas do ocorrido, em Espanha foram a queda de um cabo de alta tensão... entre nós, na altura, a culpa foi de uma cegonha! E ainda dizem que não temos sentido de humor...

terça-feira, julho 10, 2007

Merece ser visto!

Alertaram-me para isto no outro dia. Acho que merece ser visto, ouvido e principalmente respeitada a mensagem.

sexta-feira, julho 06, 2007

E a notícia do dia é...

... a hipótese de transformação do Estádio da Luz num imenso pagode chinês!

Tá! Obrigado pelo carinho e amizade...

No fundo é uma opinião...
Se quiserem saber qual cliquem no título! Não assumo qualquer responsabilidade quanto à limpeza...

quinta-feira, julho 05, 2007

Flexisegurança!

Gosto da palavra pá!
É moderna...
Hã! E vai poupar muito dinheiro aos cofres públicos; consta que com a lei da mobilidade, os deputados, ministros, secretários de Estado e restante séquito governamental que residam fora de Lisboa, vão deixar de receber toda aquela parafrenália de subsídios... alojamento, deslocação, insularidade, etc, etc...
Quanto ao subsídio de reintegração (é engraçado isto; parece que estiveram presos ou privados de contacto com a sociedade!), deverá ser reforçado, logicamente...

Quem ontem seguiu a entrevista a Lula da Silva na RTP, facilmente percebe a razão da sua popularidade; o homem sabe falar e cativa como qualquer bom brasileiro de bem com a vida!
Para mais, o Brasil tem apresentado excelentes resultados económicos e demonstrado porque há quem considere que, se quisesse, poderia tornar-se numa das mais poderosas nações do Mundo.
Reconheça-se: Sócrates também esteve bem ao dar a primazia da conversa a Lula e a secundá-lo na maioria das matérias. Começo a convercer-me que, afinal, é mesmo verdade que o trabalhador português trabalha muito melhor no estrangeiro. Sim, eu sei. A Presidência da Comunidade acontece cá, mas os assuntos são Europeus. E, para já, começaram bem. Com um pouco de sorte, conseguimos até despachar Sócrates para um qualquer cargo em Bruxelas...
Façamos figas!

No mínimo... ridículo!

A Assembleia da República, constituída, se a memória não me falha, por 230 funcionários públicos pagos pelos impostos de todos nós, discutiu, um destes dias, uma gravíssima questão em torno de um exame nacional de Química.
O interesse não era obviamente saber porque tal erro acontecera mas sim pedir a cabeça da respectiva Ministra. Felizmente vivemos num País onde a falta de assuntos relevantes, obriga estes senhores e senhoras a ocuparem o seu tempo com, repita-se, a formulação de uma pergunta de um exame nacional de Química.
Não quero bater mais no ceguinho; de facto, esta Ministra vai de disparate em disparate, as provas de incompetência e falta de capacidade acumulam-se, mas, para mal dos nossos pecados, nem é a única neste governo a acumular tais predicados, nem, pior ainda, a manifestar uma total e absoluta arrogância ou falta de capacidade em se expressar, logo, em saber gerir conflitos. Mas, daí a responsabilizar a Ministra da Educação sobre a formulação de uma prova... vai um grande passo! O mesmo é dizer que sobre a sua secretária deveriam recair, à priori, os enunciados de todas as provas e por ela serem aprovados, depreendendo-se com isso de que não teria nem mais nada para fazer, como ainda que dominaria todas as matérias.
Mas, sim, tem como obrigação apurar responsabilidades e saber porque tal aconteceu. Saber, inclusive, porque será que este ano se repetiram situações conflituosas com provas nacionais; a memória não é tão curta que me esqueça o que no ano passado ocorreu...
Por mim, não me custa perceber porque uma pergunta que valia 40 por cento do teste — 8 pontos em 20 e sim, é só fazer as contas... — foi anulada. É fácil dizer que a questão estava mal enunciada. Ainda que não entenda porque raio alguém, que deve ter tido meses para preparar um teste, para formular uma pergunta tão importante que valia quase metade do mesmo, o faz de forma incorrecta — e mais ninguém repara, nem a põe em questão, caramba, por quantos professores é constituído o grupo de trabalho e há quantos anos se fazem exames neste País?! —, a resolução passa por colocar todos os responsáveis pela elaboração de provas a fazerem provas de português! Sim! A demonstrarem que sabem escrever correctamente, que sabem interpretar, que sabem explicar e que sabem questionar!
Infelizmente, como sabemos e os exemplos abundam, a verdade é bem diversa...
Vocês «hadém»(*) ver como tenho razão!

(*) Pergunta 1 de História: como se chamava o Ministro que utilizou tal expressão?

quarta-feira, julho 04, 2007


PORTUGAL tem de facto sítios lindos e maravilhosos para relaxar e descontrair e alguns até podem estar escondidos bem próximo do local onde vivemos.




Há alturas em que preciso de estar só para colocar os pensamentos em ordem
e encontrar o sentido das coisas.






Quando sinto essa necessidade, procuro locais com muita água.
Preciso da sua proximidade, do seu contacto, de a ouvir e de a ver fervilhar de vida;
água é vida, a sua principal fonte geradora, mas também purificadora...

Mar e praia estavam fora de hipótese por razões óbvias de sossego;
e aqui, entre o som das cigarras e dos pássaros,
do borbulhar que o saltar da fataça faz na água,
no seu correr em pequenas cascatas, estirei-me sobre a pedra quente do sol
e senti a brisa correr ao longo do corpo
A visão era de pedra, cascalho, água e muito verde que se perdia na linha do horizonte
até se encontrar com o azul do céu

E à memória vieram os versos da «Paciência» de Lenine e Dudu Falcão:
«Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
E o mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára (a vida não pára não)
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara (a vida não pára não... a vida é tão rara)
A vida é tão rara»

Mas a vida não é assim tão rara, não pode ser!...
Porque as coisas raras são preciosas e,
se tivessemos a consciência do quanto pode ser escasso o seu valor,
não o desperdiçamos em tempo perdido, com disparates e irritações sem importância.
Ou, como ainda no outro dia me lembraram:
«viver é a coisa mais rara do mundo, a maioria das pessoas apenas existe».

E sim! Aqui havia vida e era bela de contemplar...




Tanto assim era que, neste mesmo local, entre os sons da natureza
e na mais absoluta comunhão com ela




estabeleci uma ponte com a mais profunda vontade de viver!
Tirei toda a roupa e mergulhei nas águas mornas,
senti os pés enterrarem no cascalho e cortarem-se nas pedras pontiagudas e,
sem ver o fundo, dei dois pontapés que quase me quebraram o «dedão»,
já que a onda é brasileira...

Os peixinhos gostaram que tivesse revolvido o chão e agradecidos vieram debicar-me.
Sai e sequei-me na brisa do final de tarde,
esperando que não aparecesse por ali mais ninguém...


Ainda estou a curar o resfriado;
sinto que a vida se está a ir toda aos poucos,
nos lenços de papel que vou deitando para o caixote.
Mas, se me constipo, logo existo!
E se existo hei-de lá voltar para o voltar para o reencontrar...


e tentar descobrir como raio esta pedra ficou assim destoando de todas as outras!


Hã! Mas se estiver muito sol, desta vez levo chapéu!