O meu caderno de desabafos. O meu diário. O meu espaço de catarse; de psicanálise. O meu livro de reclamações. A minha janela para o mundo. Eu. O meu blog. As minhas excitações. As minhas frustrações. As minhas paixões. A vida. A minha, de quem me rodeia, a que eu vejo e sinto. Dentro da lâmpada. Dentro do Mundo.

quinta-feira, julho 05, 2007

No mínimo... ridículo!

A Assembleia da República, constituída, se a memória não me falha, por 230 funcionários públicos pagos pelos impostos de todos nós, discutiu, um destes dias, uma gravíssima questão em torno de um exame nacional de Química.
O interesse não era obviamente saber porque tal erro acontecera mas sim pedir a cabeça da respectiva Ministra. Felizmente vivemos num País onde a falta de assuntos relevantes, obriga estes senhores e senhoras a ocuparem o seu tempo com, repita-se, a formulação de uma pergunta de um exame nacional de Química.
Não quero bater mais no ceguinho; de facto, esta Ministra vai de disparate em disparate, as provas de incompetência e falta de capacidade acumulam-se, mas, para mal dos nossos pecados, nem é a única neste governo a acumular tais predicados, nem, pior ainda, a manifestar uma total e absoluta arrogância ou falta de capacidade em se expressar, logo, em saber gerir conflitos. Mas, daí a responsabilizar a Ministra da Educação sobre a formulação de uma prova... vai um grande passo! O mesmo é dizer que sobre a sua secretária deveriam recair, à priori, os enunciados de todas as provas e por ela serem aprovados, depreendendo-se com isso de que não teria nem mais nada para fazer, como ainda que dominaria todas as matérias.
Mas, sim, tem como obrigação apurar responsabilidades e saber porque tal aconteceu. Saber, inclusive, porque será que este ano se repetiram situações conflituosas com provas nacionais; a memória não é tão curta que me esqueça o que no ano passado ocorreu...
Por mim, não me custa perceber porque uma pergunta que valia 40 por cento do teste — 8 pontos em 20 e sim, é só fazer as contas... — foi anulada. É fácil dizer que a questão estava mal enunciada. Ainda que não entenda porque raio alguém, que deve ter tido meses para preparar um teste, para formular uma pergunta tão importante que valia quase metade do mesmo, o faz de forma incorrecta — e mais ninguém repara, nem a põe em questão, caramba, por quantos professores é constituído o grupo de trabalho e há quantos anos se fazem exames neste País?! —, a resolução passa por colocar todos os responsáveis pela elaboração de provas a fazerem provas de português! Sim! A demonstrarem que sabem escrever correctamente, que sabem interpretar, que sabem explicar e que sabem questionar!
Infelizmente, como sabemos e os exemplos abundam, a verdade é bem diversa...
Vocês «hadém»(*) ver como tenho razão!

(*) Pergunta 1 de História: como se chamava o Ministro que utilizou tal expressão?

Sem comentários: