Começo a ver, aqui e ali, pequenos indícios de quererem transformar Saddam Hussein num mártir.
Não gosto de Bush como a generalidade das pessoas que sabem pensar. Chateia-me saber que, se isso acontece, a ele se deve. A ele e às pessoas que, na hora certa o colocaram no lugar que ocupa para que pudesse começar a pagar todos os favores que o transformaram, de medíocre personagem em pseudo-líder da nação americana. Porque, quem realmente dirige a América, são os lóbis; da indústria, do tabaco, das armas, até mesmo certas máfias que vão alimentando gangs da droga para deles se servirem.
Bush pode ter contribuído para que Saddam vire mártir, como Bin Laden é cada vez mais herói entre os fundamentalistas. Bush-Pai foi o primeiro presidente americano pós guerra fria; Bush-filho pode vir a tornar-se no presidente americano que mais tem contribuido para que ela se restabeleça. Putin já deu um aviso; a União Soviética desagregou-se para fortalecer a Rússia. Mas Putin sabe que uma Rússia só se fortalece, militar e «diplomaticamente», se não se deixar ultrapassar pela China, pela Coreia do Norte e até mesmo pelo Irão. Se, pelo contrário, souber ser ela a estabelecer uma agenda política mundial a seu gosto.
Nas Caraíbas, Cuba já pouco conta. Mas pode contar com outro «Fidel». Dá pelo nome de Chavez, Hugo Chavez. A Bolívia pode ser a Cuba do século XXI e, se já não existir África para escoar e ensaiar armamento russo, os eternos soviéticos poderão, encapotadamente, ir alimentando milícias árabes.
Quanto ao Irão, a história não é mais do que a do eterno retorno. A América alimentou o Iraque de Saddam para dele se servir contra o Irão. A América fechou os olhos enquanto o actual Irão se armava, para dele se servir como plataforma de ataque ao Iraque e para a passagem de voos contra as bases da Al-Qaeda no Afeganistão. Al-Qaeda essa, que Bin Laden formou a partir das milícias afegãs que combatiam as tropas russas no Afeganistão... com armamento fornecido pelos americanos!
Há gente burra que não aprende! E há gente muito esperta que gosta de enriquecer à custa da burrice de muitos outros.
Grande parte da Europa incluí-se nestes últimos!
O meu caderno de desabafos. O meu diário. O meu espaço de catarse; de psicanálise. O meu livro de reclamações. A minha janela para o mundo. Eu. O meu blog. As minhas excitações. As minhas frustrações. As minhas paixões. A vida. A minha, de quem me rodeia, a que eu vejo e sinto. Dentro da lâmpada. Dentro do Mundo.
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