O meu caderno de desabafos. O meu diário. O meu espaço de catarse; de psicanálise. O meu livro de reclamações. A minha janela para o mundo. Eu. O meu blog. As minhas excitações. As minhas frustrações. As minhas paixões. A vida. A minha, de quem me rodeia, a que eu vejo e sinto. Dentro da lâmpada. Dentro do Mundo.

segunda-feira, março 05, 2007

«Alt-Ctrl-Del»

Um trabalho de campo realizado entre os habitantes da ex-República Soviética da Crackovithia do Leste serviu de base a um estudo elaborado pela Universidade Zapatista do Velho México.
Segundo este grupo de trabalho, a maior longevidade dos homens regista-se entre os solteiros e os que não possuem computador, havendo, surpreendentemente, não apenas uma relação causa/efeito, como entre os dois factores.
O referido estudo é muito conciso, já que foi essencialmente elaborado por homens. Equipara a mulher a um PC «mas sem botão do reset e maior complexidade na reinstalação do sistema operativo» com arquitectura «all in one» (tudo na placa-mãe, placa gráfica, de som, de rede, etc, n.r.), o que, desde logo, «indicia maiores probabilidades de avaria e de gerar conflitos», levando a que, não raras vezes, se tenham que «adquirir e montar, à parte, outras placas destinadas a substituir ou corrigir as originais».
«Quando se adquire um computador novo, é de esperar o bom funcionamento do sistema operativo e de todos os demais programas. Com o tempo e com o gradual funcionamento do equipamento, a tentação é para o utilizador explorar cada vez mais as suas capacidades». O problema é que entretanto se vão gerando inúmeros ficheiros temporários que, «já não tendo utilidade especifica, servem para diminuir os recursos» exactamente quando mais desejamos rapidez e «precisão na execução das tarefas», gerando conflitos, «principalmente com o equipamento periférico».
Ora tal atitude dos computadores é «normalmente geradora de inevitáveis momentos de tensão», algum desespero e, em situações limite, inclusive de agressividade.
Essa tensão acumulada é não apenas produzida em indivíduos mais susceptíveis, como, demonstra o mesmo estudo, em outros homens que foram pela primeira vez colocados na presença de um computador e a quem lhe foi explicado «o funcionamento teórico do sistema».
Entre as inúmeras queixas registadas, era por eles confessado a «incerteza e indefinição quanto ao desempenho das tarefas e a sua total incapacidade para passar da teoria, mesmo a consuetudinária, à prática, pela persistente ausência de lógica do seu funcionamento».
«Com o tempo, a tendência é para que se gerem "firewall" inexplicáveis e que ora permitem, ora impedem a passagem de informação pelas portas, sem lógica aparente...», foi a queixa mais registada.
Por dificuldades de tradução, confesso que, nesta última parte, não consegui perceber muito bem ao que se referiam.
Mais à frente...
«Tal como no PC, ao longo da sua existência, a mulher tende a acumular informação desnecessária mas geradora de conflito quando menos se deseja», (...) «informação gratificante guardada de anteriores conflitos, romances, filmes e telenovelas ficcionadas» mas que pretendem servir como «exemplo de uma realidade por si desejada», «indícios só por elas intuído de atitudes tomadas por periféricos ao utilizador» e em muitas das suas atitudes de silêncio e cara fechada assemelham-se ao famoso «écran azul» do sistema Windows, com a indicação «ocorreu um conflito; estou à procura de informação para gerar resposta magoada; por enquanto terás que te contentar em escrever à mão».
Ora, segundo este trabalho, levado a cabo por esta insuspeita e muito credível instituição de ensino superior, este comportamento e atitude é igualmente danoso para a saúde do género masculino, podendo causar «situações permanentes de stress, acidentes cardiovasculares e morte prematura de celulas cerebrais», «desgastando o corpo e a mente».
Com a agravante, neste último caso, de não haver «Alt-Ctrl-Del» que salve momentaneamente a situação.
Não acabando por aqui as semelhanças, mas apelando à imaginação masculina para a procura e desenvolvimento de novos sistemas operativos de «ambiente mais agradável para o utilizador», o estudo conclui que, em parte, estão explicados os motivos da excitação masculina, quando colocados perante «novos desenvolvimento do produto, mais potentes, com melhor gestão de memória, de funcionamento mais intuitivo, menos dúbio e mais interactivo», bem como «aparelhos que atinjam mais rapidamente a temperatura ideal de funcionamento mas possuam bons dissipadores de calor».
Saliente-se que esta não se trata obviamente da minha opinião. O meu computador vai trabalhando mais ou menos bem para aquilo que eu lhe exijo e, sinceramente, este estudo parece-me demasiado machista e pouco, muito pouco, credível.
Nem tão pouco concordo com a conclusão do referido trabalho. Salvo melhor tradução: (...) «há cada vez mais computadores, todos os dias nos deparamos com novas versões com design bastante atraente e maior velocidade de processamento. Dado que o preço de venda é cada vez mais acessível, explica-se, por isso que, em muitos casos, nem seja equacionada a hipótese da reciclagem».
E, posto isto, vou fazer um reset à minha própria pessoa. Já se impõe.

7 comentários:

Anónimo disse...

E então quando trabalham em rede é uma desgraça!...

Anónimo disse...

Quando queres tens piada. Pouca e básica mas tens. Sabes aquela do computador que definiu novo utilizador?

Anónimo disse...

Por isso prefiro o PC do vizinho.Se crachar não é nada comigo

Anónimo disse...

Diz-me cá, foi a vodka ou foi a tequila que te fez mal?

Anónimo disse...

É caso para dizer que a galinha do vizinho é melhor do que a tua não é anónimo?

Anónimo disse...

ia ainda dizer que o computador geralmente traz manual de instruções: 1-0 para o bicho

Anónimo disse...

E a bicha?Não tem direito a nada?lol