O meu caderno de desabafos. O meu diário. O meu espaço de catarse; de psicanálise. O meu livro de reclamações. A minha janela para o mundo. Eu. O meu blog. As minhas excitações. As minhas frustrações. As minhas paixões. A vida. A minha, de quem me rodeia, a que eu vejo e sinto. Dentro da lâmpada. Dentro do Mundo.

terça-feira, novembro 07, 2006

A palhaçada do costume

Eu para aqui a ouvir a palhaçada do costume na AR, com interpelação para cá e para lá sobre taxas moderadoras no SNS e cresce-me a vontade de brincar com assuntos sérios…
Não deveria…
Eu sei, mas cada vez mais neste Portugal ou brincamos com as coisas sérias ou a depressão é cada vez maior… e daí, se calhar chegámos onde chegámos exactamente por andarmos sempre a brincar com as coisas sérias…
Mas adiante…
Eles lá vão discutindo — ou fazendo conta de que o fazem… — sobre as novas taxas moderadoras no SNS e o pessoal, como é habitual nesta «lusocom», mais interessado no espectáculo do que no conteúdo do que se diz. E eu para aqui a pensar de quanto serão as ditas para o aborto, se o referendo vingar…
Aliás, como é suposto que variem em função do rendimento, iremos ter abortos mais caros do que outros? E, já agora: se depois do utente pagar, a equipa médica se recusar a fazer o aborto por qualquer razão, será que a devolvem? E em tratando-se de um serviço numa clínica particular? Dá para descontar no IRS, por exemplo em despesas de saúde? Friso bem: de saúde! Ou será que se criará uma alínea especial chamada IVG… e se o pessoal se engana a preencher? Já agora... o estado comparticipa no privado? É que, por exemplo, os diabéticos, os hemofílicos e outros que viram reduzidas ou mesmo retiradas taxas de comparticipação nos medicamentos e tratamentos, eram capaz de gostar de saber…
Pensando bem, esta história da comparticipação é mesmo importante. Se o Estado não comparticipar, estou mesmo a ver a malta das clínicas privadas a perguntar: «¿Está con el recibo o fuera?»

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