O meu caderno de desabafos. O meu diário. O meu espaço de catarse; de psicanálise. O meu livro de reclamações. A minha janela para o mundo. Eu. O meu blog. As minhas excitações. As minhas frustrações. As minhas paixões. A vida. A minha, de quem me rodeia, a que eu vejo e sinto. Dentro da lâmpada. Dentro do Mundo.

sexta-feira, setembro 22, 2006

É só folclore…

Esta palhaçada do «Dia Europeu sem Carros» que nem todas as cidades ligam e que para uns é ao domingo para outros qualquer dia serve, não passa de uma rematada palhaçada. Hoje Lisboa não apenas não ficou com menos automóveis a circular, como o facto de algumas ruas terem sido fechadas, acabou por provocar, em algumas zonas, monumentais engarrafamentos.
Os polícias na rua puderam dar larga à sua vontade de autoridade ou de autoritarismo — engraçado como nestas alturas sobra sempre polícia, quando realmente são precisos escasseiam… —, os engarrafamentos geraram situações de «pára-arranca» que certamente aumentaram as emissões de poluentes e, quanto a efeitos práticos, tirando um ou outro tão consciencioso quanto assustado cidadão ziguezagueando entre irritados condutores — e tragando volumosas quantidades de gás emitidos pelos escapes dos carros que circulavam —, nada se viu.
Mas, aderentes ao folclore, algumas rádios e televisões esforçavam-se por transmitir um acontecimento abortado ainda antes de o ser, ao qual nem S. Pedro quis ajudar. Nem S. Pedro, nem as autoridades competentes, porque, se o objectivo era realmente convencer os utentes a não circularem de automóvel em Lisboa, por exemplo, havia que proibir, repito proibir e aplicar coimas aos prevaricadores — porque parece que só assim nós, portugueses «vamos lá»… — e tratar de encontrar soluções para quem entra de carro em Lisboa. Essas soluções passariam por parques automóveis à entrada da cidade, devidamente sinalizados e anunciados com a devida antecedência, e pela criação de uma rede eficaz e convincente de transportes alternativos, reais e não virtuais como costuma acontecer.
Mas claro que percebemos que isso dava imenso trabalho e, obviamente, há coisas mais importantes para resolver. Agora por que raio é que temos nós de ter a maçada de aturar esta rematada farsa?

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