O meu caderno de desabafos. O meu diário. O meu espaço de catarse; de psicanálise. O meu livro de reclamações. A minha janela para o mundo. Eu. O meu blog. As minhas excitações. As minhas frustrações. As minhas paixões. A vida. A minha, de quem me rodeia, a que eu vejo e sinto. Dentro da lâmpada. Dentro do Mundo.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Esquisso


Por vezes gosto de regressar aos «meus» clássicos para lembrar verdades.
Ajuda...

«Não há forma nenhuma de se verificar qual das decisões é melhor, porque não há comparação possível. Tudo se vive imediatamente pela primeira vez sem preparação. Como se um actor entrasse em cena sem nunca ter ensaido. Mas o que vale a vida se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É o que faz com que a vida pareça sempre um esquisso.Mas nem mesmo «esquisso» é a palavra certa, porque um esquisso é sempre um esboço de alguma coisa, enquanto que o esquisso que a nossa vida é, não é esquisso de nada, é um esboço sem quadro. Tomas repete em silêncio o provérbio alemão «einmal ist keinmal», uma vez não conta, uma vez é nunca. Não poder viver senão uma vida é pura e simplesmente como não viver.»

— in «A Insustentável Leveza do Ser», Milan Kundera

1 comentário:

Katidra disse...

Sabes o q acho?!...que estes arianos são bons a fazer mercedes mas de provérbios não percebem nada.
"«einmal ist keinmal»??...quem disse que não conta?!
alguém que lhes diga (e ao prório Tomás,se o apanharem a jeito)que as melhores coisas da vida só contecem uma vez.
Além disso, qualquer ensaio é sempre muito mais rico, muito mais vivo do que a peça final...se ela qual for.

E simplesmente verificar e a comparar decisões tomadas no esquisso...é viver?!