Promete (esperemos que não) mais actos de sangrenta violência ou pelo menos não oferece garantias de paz futura, até pelas características do Povo e do território, as eleições para a Presidência em Timor.
Em que interessa a Portugal? Nada, rigorosamente nada.
Não acredito, aliás, que Portugal possa alguma vez vir a beneficiar do que tem investido em Timor. Nem do esforço, principalmente o dos professores e das ONGs.
De uma vez por todas, deixemos de apontar deveres ou responsabilidades, seja pelo acto colonizador, seja pela atabalhoada e irresponsável fuga a que se convencionou chamar descolonização.
«Laços históricos» entre Povos? Ideias românticas construídas sobre um «passado comum»? Se para a maioria do cidadão português e muito particularmente para as novas gerações isso nada representa, quem é que pode esperar que em Timor seja diferente? Apenas porque meia dúzia de pessoas, de ambos os lados ainda o afirma? E, desses, quantos não o fazem simplesmente pelo politicamente correcto ou para simplesmente justificarem proventos próprios?
Timor ou qualquer outro território ex-Ultramarino! Para esses povos, e falo do povo mesmo, o carenciado, o desalojado, o desempregado, o pobre, Portugal não representa mais do que uma oportunidade de emprego e melhoria de vida. Quanto muito, se para tal for útil falar na «língua comum»… Pois porque não?
Menos pruridos têm quem detém o poder; Portugal concorre de igual com todos as outras potências (ou até em inferioridade dada a estúpida tendência de não nos impormos com receio de melindrar o «povo-irmão»…) ao petróleo angolano ou ao timorense e só quem não percebe a realidade moçambicana pode deixar de achar natural que este País privilegie a Commonwealth aos Palop.
«Regressando» a Timor: poderia ser piada final a notícia da intenção de Xanana Gusmão vir a candidatar-se a primeiro-ministro, ao seu eleito para a liderança do Conselho Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), partido que logicamente concorrerá às próximas eleições.
Podia ser. Não fosse lembrar-me de um certo Presidente, de um certo País que, ainda antes de deixar de o ser patrocinou a criação de um partido… que o esperava quando terminasse o mandato. Esse partido era o Partido Renovador Democrático, PRD. Esse homem era (é) Ramalho Eanes.
E não é que as coisas absurdas eles até aprendem depressa!
O meu caderno de desabafos. O meu diário. O meu espaço de catarse; de psicanálise. O meu livro de reclamações. A minha janela para o mundo. Eu. O meu blog. As minhas excitações. As minhas frustrações. As minhas paixões. A vida. A minha, de quem me rodeia, a que eu vejo e sinto. Dentro da lâmpada. Dentro do Mundo.
quinta-feira, maio 03, 2007
Ai... Timor!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário