O meu caderno de desabafos. O meu diário. O meu espaço de catarse; de psicanálise. O meu livro de reclamações. A minha janela para o mundo. Eu. O meu blog. As minhas excitações. As minhas frustrações. As minhas paixões. A vida. A minha, de quem me rodeia, a que eu vejo e sinto. Dentro da lâmpada. Dentro do Mundo.

quinta-feira, maio 25, 2006

Faça um favor à credibilidade!


Temos como figura do Estado Português um senhor que é bem o reflexo da forma de estar nacional. O «deixa andar», a desresponsabilização e, como escreveria Paulo Coelho, provavelmente com um «Banco de Favores» bastante vasto.
Só assim se entende como o organismo que supostamente dirige se mostra totalmente incapaz… É que ele também age de igual forma!
«Deixar andar» neste caso, significa prescrever. E prescrever significa menos trabalho não é? E deve haver muito trabalho, pois só assim se compreende que, processos com carácter de urgência, demorem meses para chegarem a alguma conclusão. Se é que chegam!
Para tranquilizar a população — e quiçá para manter até ao fim o seu tacho —, esta nobre figura, sujeita a pressões que só ele conhece, surge volta e meia a «botar sentença». Recentemente — porque, afinal, a casa que supostamente dirige é um verdadeiro ralo de informações confidenciais para o exterior e ele não deseja ficar atrás… —, chegou ao extremo de «oferecer-se» para entrevista a um semanário nacional, onde revela dados sobre uma investigação que ainda está em curso.
Ora pergunto: não é isso quebra de segredo de justiça?
Não, porque os culpados, segundo este senhor, são os jornalistas. Os jornalistas que revelaram o que está mal, como culpados são os jornalistas que denunciam a sua incompetência. Não, claro está, os jornalistas e os jornais que se «vendem» por uma declaração exclusiva sua.
Quando dá jeito!...
Como todos nós o entendemos meu caro cidadão português!
Como nós gostamos de «deixar andar» à espera que o ordenado caia ao fim de cada mês, como nunca temos culpa das acções que praticamos porque a Justiça é cega e não nos vê e como gostamos, volta não volta, de arrotar umas «postas de pescada» e de nos curvarmos para o nobre acto de engraxar, pois é assim que, geralmente, neste rectângulo se conquista o direito a um dia andarmos com os sapatos polidos por outrem…
E ainda querem que acreditemos na Justiça, na Política, nas Instituições em geral? Já que parece que ninguém os tem no sitio para tomar a atitude de o pôr a mexer («rabos de palha»? «Telhados de vidro»?), que tal se tivesse a muito honorável atitude de ir a banhos que o verão está à porta? E ficar por lá…
Mas não quero parecer demasiado injusto. Provavelmente, o facto de permanentemente parecer estar com o nariz entupido, deve criar-lhe problemas de oxigenação ao cérebro…

1 comentário:

Anónimo disse...

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